Ao aproximar-se o final de um ano completamente atípico para todos nós, em que a palavra "confinamento" se tornou viral, devido ao facto da pandemia Covid-19 nos ter roubado, aparentemente, muitos sonhos e oportunidades a curto e médio prazo, reforçamos um apelo à esperança!
O amor nunca poderá ficar confinado e, se neste momento nos encontramos impedidos de manifestações físicas de gentileza e afeto, tão típicos do nosso "ser português", convidamos todos, neste Natal, a realizar gestos de proximidade social e promoção da dignidade da vida humana. Um telefonema ao avô que se encontra no lar, uma mensagem de esperança a um amigo, um simples "bater na porta" do vizinho da frente e perguntar se está tudo bem, se precisa de alguma coisa... Pequenos gestos fazem os verdadeiros milagres, que não podem ser apenas lembrados nesta época natalícia mas devem rasgar horizontes e acompanhar-nos ao longo da vida.
Não fiquemos confinados num mundo virtual, aparentemente cheio de potencialidades mas que, no fundo, muitas vezes nos distraem da vida real e nos remetem, futuramente, ao esvaziamento das relações humanas. É certo que, por enquanto, estamos obrigados ao distanciamento físico e ao uso de máscaras (que nos anulam a identidade) mas ninguém nos pode tirar o olhar de esperança. Avancemos, então, rumo ao futuro, de olhos bem abertos! Nem tudo poderá "ficar bem" mas, certamente, está nas nossas mãos que o futuro de alguém possa ser um pouco menos penoso.
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