terça-feira, 31 de agosto de 2010

Entre ti e Deus


Dá sempre o melhor... E o melhor virá.

Ás vezes as pessoas são egoístas, ilógicas e insensatas. Ainda assim... Perdoa-as.

Se és amável, as pessoas podem acusar-te de egoísta e interesseiro. Ainda assim... Sê amável.

Se és um vencedor, terás alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Ainda assim... vence.

Se és honesto e franco, as pessoas podem enganar-te. Ainda assim... Sê honesto e franco.

O que tardaste anos a construir, alguém pode destruí-lo numa hora. Ainda assim... Constrói.

Se tens paz e és feliz, as pessoas podem sentir inveja. Ainda assim... Sê feliz.

O bem que fizeres hoje, pode ser esquecido amanhã. Ainda assim... faz o bem.

Se dás ao mundo o melhor de ti, isso pode nunca ser suficiente. Ainda assim... Dá o melhor de ti mesmo.

No fim de contas... tudo é e será entre ti e Deus. Nunca foi entre ti e eles.


Madre Teresa de Calcutá

Centenário do nascimento da Madre Teresa


No passado dia 26 de Agosto celebramos o primeiro centenário do nascimento da Madre Teresa de Calcutá, prémio nobel da paz, a "santa das sargetas", aquela mulher que amou os pobres dos mais pobres.

Madre Teresa de Calcutá


Agnes Gonxha Bojaxhiu, a futura madre Teresa, nasceu no dia 26 de agosto de 1910 em Skopje, Macedonia, de una familia de ogirem albaneza. O pai, respeitado homem de negócios, morreu quando ela tinha oitos anos, deixando a mãe de Agnes na condiçao de ter que abrir uma atividade de bordado e fazenda para poder manter a família. Depois de ter transcorrido a adolescencia impenhada fervorosamente nas atividades parroquiais, Agnes deixou a sua casa em setembro de 1928, entrando no convento de Loreto a Rathfarnam, (Dulim), Irlanda, onde foi acolhida como postulante no dia 12 de outubro e recebeu o nome de Tereza, como a sua padroeira, Santa Tereza de Lisieux.

Agnes foi enviada pela congregação de Loreto para a India e chegou em Calcutá no dia 6 de janeiro de 1929. Tendo apenas chegado lá, entrou no noviciado de Loreto, em Darjeerling. Fez a profissão perpétua come irmã de Loreto no dia 24 de maio de 1937, e daquele dia em diante foi chamada Madre tereza. Quando viveu em Calcutá durante os anos 1930-40, ensinou na escola secundária bengalese, Sta Mary.

No dia 10 de setembro de 1946, no trem que a conduzia de Calcutá para darjeeling, Madre Tereza recebeu aquilo que ela chamou “a chamada na chamada”, que teria feito nascer a família dos Missionários da Caridade, Irmãs, Irmãos, Padres e Colaboradores. O conteúdo desta inspiração é revelado no objetivo e na missão que ela teria dado ao seu novo Instituto: “Saciar a infinita sede de Jesus sobre a cruz de amor e pelas almas, trabalando para a salvação e para a santificação dos mais pobres entre os pobres”. No dia 7 de outubro de 1950, a nova congregação das Missionárias da Caridade foi instituida oficialmente como instituto religioso pela Arquidiocese de Calcutá.

Ao longo dos anos 50 e no inicio dos anos 60, Madre Tereza estendeu a opera das Missionárias da Caridade seja internamente dentro Calcutá, seja em toda a India. No dia 1 de fevereiro de 1965, Paulo VI concedeu à Congregação o “Decretum Laudis”, elevando-a a direito pontificio. A primeira casa de missão aberta fora de Calcuta foi em Cocorote, na Venezuela em 1965. A congregação se expandiu em toda a Europa (na periferia de Roma, a Torre Fiscale) e na Africa (em Tabora, em Tanzania) em 1968.

Do final dos anos 60 até 1980, as Missionárias da Caridade cresceram seja em número de casas de missão abertas em todo o mundo, seja no número dos seus membros. Madre Tereza abriu fundações na Australia, no Vizinho Oriente, na America do Norte, e o primerio noviciado fora de Calcutá em Londres. Em 1979 Madre Tereza recebeu o Premio Nobel pela Paz. No mesmo ano existiam já 158 casas de missão.

As Missionárias da Caridade chegaram aos países comunistas em 1979, abrindo uma fundação em Zagabria, na Croácia, e em 1980 em Berlim Este. Continuaram a estender a sua missão nos anos 80 e 90 abrindo casas em quase todos os países comunistas, incluindo 15 fundações na ex União Soviética. Não obstante os repetidos esforços, Madre Tereza não pode abrir nenhuma fundação na China.


Em outubro de 1985 Madre tereza falou no quadragésimo aniversário da Assembleia Geral das Nações Unidas. Na vigilia de Natal do mesmo ano, abriu em Nova York o “Dom de Amor”, a primeira casa para os doentes de AIDS. Nos anos seguintes, outras casa seguiram esta casa de acolhimento nos Estados Unidos e alhures, sempre especificadamente para doestes de AIDS.

No final dos anos 80 e durante os anos 90, não obstante os crescentes problemas de saúde, Madre tereza continuou a viajar pelo mundo para a profissão das noviças, para abrir novas casas de missão e para servir os pobres e aqueles que tinham sido atingidos por diversas calamidades. Foram fundadas novas comunidades na Africa do Sul, Albania, Cuba e Iraque, que estava dilacerado por causa da guerra. Em 1997 as irmãs eram cerca de 4000, presentes em 123 países do mundo nas mais ou menos 600 fundações.

Depois de ter viajado por todo o verão a Roma, New York e Washington, em condições de saúde delicadas, Madre Tereza voltou a Calcutá em 1997. Às 9:30 da noite do dia 05 de setembro de 1997, ela morreu na Casa Geral. O seu corpo foi transferido para a Igreja de São Tomas, adjacente ao Convento de Loreto, exatamente onde tinha chegado 69 anos antes. Centenas de milhões de pessoas de todas as classes sociais religiões, da India e do exterior lhe renderam homenagem. No dia 13 de setembro recebeu o funeral de Estado e o seu corpo foi conduzido em um longo cortejo através as estradas de Calcutá, sobre uma carreta de canhão que tinha trazido tambem os corpos de Mohandas Gandhi Jawaharlal Nehru. Chefes de nações, primeiros Ministros, Rainhas e enviados especiais chegaram para representar os países de todo o mundo.

(Texto retirado do site oficial da Canonização da Madre Teresa de Calcutá

Taizé


Este ano, nas férias, tive a oportunidade de ir a Taizé. Encontravam-se lá cerca de 6000 jovens, de todas as partes do mundo.

Realmente é uma experiência única. É tudo aquilo que dizem e muito mais. Só lá indo e fazrndo a experiência é que se pode verdadeiramente experimentar Taizé.

A simplicidade do túmulo do Irmão Roger, que se pode ver nesta fotografia, fala um pouco do espírito de Taizé.


António Machado.

O Irmão Roger de Taizé


O Irmão Roger, fundador da Comunidade de Taizé, nasceu em Genebra (Suiça), no dia 12 de Maio de 1915, e morreu em Taizé (uma pequena aldeia de França, próximo de Cluny), no dia 16 de Agosto de 2005.

A sua morte chocou o mundo inteiro. Ele foi assassinado por uma jovem romena, durante a oração da noite, na Igreja da Reconciliação, quando se aproximou dele para o abraçar.

Aquele homem pacífico, cujo olhar só transmitia bondade e ternura, já fragilizado pela idade, foi vítima da violência.

O Irmão Roger, que viveu o espírito da unidade, da reconciliação e do perdão, é um exemplo de santidade para todos nós. Ele conseguiu viver, e pôr em prática, em actos concretos, a mensagem de Jesus.

Taizé: 70 anos de vida e de história


A Comunidade de Taizé, em França, é conhecida internacionalmente, pelo espírito de comunhão e reconciliação que lá se vive.
De todos os lados do mundo vão pessoas a Taizé, sobretudo jovens, que aí fazem uma verdadeira experiência de fé e vêem as suas vidas mudadas.
Este ano, a Comunidade de Taizé, completa 70 anos de existência. Vale a pena conhecer um pouco da sua história.

«Tudo começou em 1940, quando o irmão Roger, com 25 anos de idade, deixou o seu país de origem, a Suíça, para ir viver em França, país de sua mãe. Quando era mais novo, tinha estado imobilizado durante vários anos devido a uma tuberculose pulmonar. Durante esta longa doença, tinha amadurecido em si o chamamento para criar uma comunidade.
No momento em que começou a Segunda Guerra mundial, teve a certeza de que, tal como a sua avó tinha feito durante a Primeira Guerra mundial, deveria vir imediatamente em ajuda daqueles que atravessavam a dura provação da guerra. A pequena aldeia de Taizé, onde se fixou, ficava muito próxima da linha de demarcação que cortava a França em duas partes: estava bem situado para acolher refugiados fugidos da guerra. Amigos de Lyon ficaram reconhecidos por poderem indicar a aldeia de Taizé aos que tinham necessidade de refúgio.
Em Taizé, graças a um módico empréstimo, o irmão Roger tinha comprado uma casa, abandonada desde à muitos anos, com as suas dependências. Pediu a uma das suas irmãs, Geneviève, para vir ajudar no acolhimento. Entre os refugiados a quem deram abrigo, havia também judeus. Os meios materiais eram pobres. Sem água corrente, iam buscar água potável ao poço da aldeia. A comida era modesta, baseada sobretudo em sopas feitas com farinha de trigo comprada num moinho vizinho a baixo preço.
Por respeito para com aqueles que acolhiam, o irmão Roger rezava sozinho. Frequentemente ia cantar para longe de casa, no bosque. Para que alguns dos refugiados, judeus ou agnósticos, não ficassem constrangidos, Geneviève explicava a todos que era melhor que, quem quisesse, rezasse sozinho no seu quarto.
Os pais do irmão Roger, sabendo que o seu filho e a irmã se estavam a expor, pediram a um amigo da família, um oficial francês reformado, para olhar por eles, o que ele fez com diligência. No Outono de 1942, ele avisou-os de que tinham sido descobertos e de que todos deveriam partir sem demora. Até ao final da guerra, foi em Genebra que o irmão Roger viveu e foi lá que começou uma vida comunitárias com os primeiros irmãos. Puderam regressar a Taizé em 1944.
Em 1945, um jovem da região fundou uma associação para cuidar das crianças que a guerra tinha deixado sem família. Propôs aos irmãos acolherem alguns em Taizé. Uma comunidade de homens não podia receber crianças. Então o irmão Roger pediu à sua irmã Geneviève para voltar a Taizé para as acolher e tornar-se sua mãe. Aos domingos, os irmãos acolhiam também os prisioneiros de guerra alemães, internados num campo próximo de Taizé.
Aos poucos, alguns jovens vieram juntar-se aos primeiros irmãos, e, no dia de Páscoa de 1949, foram sete a comprometer-se em conjunto para toda a vida no celibato e numa vida comunitária de grande simplicidade.
No silêncio de um longo retiro, durante o Inverno de 1952-1953, o fundador da Comunidade escreveu a Regra de Taizé, que expressava aos seus irmãos o «essencial que torna a vida comunitária possível». (www.taizé.fr)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Entrevista inédita do Ir. Roger de Taizé

Irmão Roger : o que não sabíamos from Taizé on Vimeo.