quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma história de liberdade


Esta história é verídica.
Ia eu, num destes dias, no autocarro da escola para o meu treino. Sentei-me num banco ao lado da minha mãe e reparei que atrás de mim seguia sentada uma jovem mãe com um bebé, ao colo, que dormia profundamente. Achei maravilhoso. Meti conversa com a senhora e ela disse-me que vinha do hospital pois a bebé estava doente.
Na paragem seguinte entrou um jovem rapaz: calça de ganga, mochila e uns grandes headphones. A música ouvia-se em todo o autocarro e o rapaz sentou-se atrás da senhora.
Como a música continuava ensurdecedora e havendo já reclamações em silêncio, a minha mãe pediu ao rapaz que pusesse a música mais baixa, pois a bebé estava doente, o mesmo dizendo a mãe da criança, um pouco receosa da reacção do rapaz.
Este disse que nem pensar, que lhe apetecia ouvir e que tinha o direito de o fazer ali.
Fiquei indignado e disse-lhe que tinha aprendido na aula de moral que liberdade não é fazer o que nos apetece e muito menos quando as nossas atitudes perturbam o bem-estar dos outros. Disse-lhe também que estas coisas aprendem-se, mas que devem ser sentidas primeiro pelo coração, e que ele devia estar admirado por ser chamado à atenção por uma criança de dez anos.
Acredito que o que eu disse fez efeito, pois ele saiu na paragem seguinte.

Tomás Rodrigues, 5º G

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