quarta-feira, 5 de maio de 2010

A paz é para todos


Era uma bela tarde para o Rui: ar fresco, árvores estremeciam e o seu pneu balançava com o vento, à espera que o dono montasse. Corria pelo quintal fingindo de avião, quando sentiu o bom cheiro do lanche feito pela mãe… “hum que bom” pensou ele.
Após o lanche, fora outra vez para o quintal, montado no seu pneu. Enquanto baloiçava, chegou o pai, pertencente ao exército nazi. Vinha com uma expressão diferente do habitual. Rui admirava o pai.
- Boa tarde, Rui – cumprimentou o pai à pressa, entrando em casa pela cozinha.
- Olá pai… - respondeu o Rui a olhar o pai, à medida que este entrava na cozinha.
Depois da conversa entre o pai e mãe, o mesmo foi até ao quintal.
- Olha filho, eu e a tua mãe descobrimos que o nosso vizinho não é boa companhia. Nunca entres naquela porta. Ela irá dar a casa dele.
- Mas porquê?
- Nada de perguntas!
- Está bem…
Quando apareceu o dia que Rui tanto esperava, o dia em que o pai não estava em casa, abriu a porta proibida, às escondidas da mãe. A princípio não via um muro, pois esperava que visse, apesar de nunca ter visto nada. A sua casa tinha grandes paredes, que limitavam a sua visão para o exterior! Ao contrário do muro, reparou em arames com picos e tudo mais que causasse ferimentos. Os arames delimitavam um local com crianças a trabalhar. Estas encontravam -se sujas, magoadas e com grande infelicidade. Rui, menino rico, sentiu – se superior às crianças que trabalhavam e gozou – as com tanto desrespeito, que prejudicou o trabalho no campo de concentração.
Rui foi para casa contente por ser diferente e saber que aquelas crianças moribundas, trabalhavam para pessoas do seu nível.
Estava uma bela manhã com Rui acordar, quando permanecia uma grande agitação no exterior da sua propriedade. Rui, com curiosidade, arranjou – se rapidamente para ter a oportunidade de ver o que se passava. Logo que chegou ao local da agitação, deparou – se com uma grande fila de crianças e guardas que as maltratavam. Rui aproximando – se mais da multidão, foi confundido e atirado para a fileira de crianças, sendo depois enviado para o campo de concentração, que tanto reconhecia…
Aí confirmou que deveria existir paz e igualdade entre as pessoas.


“ O que importa não é a diferença, mas sim a amizade entre os povos”




Filipe Octávio Carneiro, 7ºD

1 comentário:

  1. Olá, António

    Tenho andado afastada da escola, por motivos de doença, como imagino que saibas.
    Gosto muito deste teu espaço, dedicado à tua disciplina e aos teus alunos.
    Os meus parabéns pela belíssima iniciativa.
    Tenho a certeza que sabes que estou a ser sincera, porque sei que conheces bem a minha filosofia de vida.
    Parabéns também aos teus alunos que, aqui, colocam as opiniões deles.
    Um abraço
    Isabel Venâncio

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